Maria Leque

William Swainson aportou no Brasil em 1806, acompanhando a expedição do explorador inglês Henry Koster, famoso pelo seu Livro Travels in Brazil lançado em 1816. William retornou à Inglaterra apenas em 1818, com uma coleção de mais de 20.000 insetos, 1.200 espécies de plantas além de centenas de desenhos de peixes e aves.

Além dos nomes comuns e científicos de muitas espécies, é pela qualidade de suas ilustrações que ele é mais lembrado. Seu amigo William Elford Leach, chefe de zoologia do Museu Britânico, o incentivou a experimentar a técnica de litografia para um de seus livros. Swainson se tornou o primeiro ilustrador e naturalista a usar a litografia, que era um meio de reprodução relativamente barato e não exigia o trabalho de gravação usualmente utilizado na épica.

Ele começou a publicar muitas obras ilustradas, principalmente em série. Os assinantes recebiam e pagavam pelos fascículos, à medida que saíam, criando um fluxo de caixa fosse constante e que era reinvestido na preparação dos volumes subsequentes; quando os pedidos de livros chegavam, as litografias monocromáticas eram coloridas à mão, de acordo com imagens de referência de cores, conhecidas como ‘placas padrão’, produzidas pelo próprio Swainson. Foi sua adoção precoce dessa nova tecnologia e sua habilidade natural de ilustração que em grande parte o levaram à sua fama.